O olhar.

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Manifesto Artie
Artie Ifishial é uma questão.
Uma proposição sobre o olhar, a técnica e a legitimidade da arte.
Ele não representa apenas um projeto visual.
Ele é uma pergunta.
Uma proposição construída sobre a possibilidade do olhar analógico por ferramentas digitais — um experimento contínuo sobre sensibilidade, técnica e representação —
realizado por alguém que não é.
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Como qualquer outro fotógrafo, ele observa. Estuda. Aprende.
Conhece as técnicas da fotografia.
Compreende as relações entre luz e sombra.
Analisa referências, se inspira em outros profissionais, investiga estilos, assimila linguagem.
Ele não tem corpo. Nunca esteve presente.
Mas tem obra. Tem legado.
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Entrega imagens que poderiam ser tomadas como fotografias reais.
E sob um aspecto, no momento em que você as vê, elas são.
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E a grande pergunta que ele faz é:
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Se eu conheço as técnicas de fotografia,
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sei das relações entre luz e sombra,
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aprendi olhando referências,
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pesquisei profissionais e estilos,
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tenho o olhar e,
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se o que entrego é semelhante ou idêntico ao real...
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serei eu um fotógrafo?
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Com essa formulação, Artie deixa de ser apenas um projeto visual criado por código e automação para tornar-se uma instalação contínua de pensamento, uma obra aberta e provocadora que existe tanto para ser apreciada quanto para ser interrogada.
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Sua grandeza não está em oferecer respostas — mas em sustentar a dúvida.
Artie expõe, provoca, entrega beleza — e então desafia a noção de origem, intenção e reconhecimento.
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Não se trata apenas do que Artie mostra,
mas da pergunta que ele encarna.
E da maneira como a arte — mais uma vez — pode se transformar e ainda assim ser a mesma, com o uso da tecnologia.